Era longa a passarela. Através dela, diversas saletas, com as pistas para descobrir onde estava o "eu". A menina caminhava pela galeria, e calmamente escolhia em que portas estariam as charadas que, mesmo sendo de complicada resolução, poderiam levar com mais celeridade ao "eu". Depois de desdenhar diversas entradas, que em sua razão não aguçariam a curiosidade de uma incógnita das grandes, a menina se sentiu atraída por uma abertura. Para adentrar o cômodo era preciso descortinar o pano vermelho aveludado que barrava a passagem. "O que esconderia esse pano?" Sem pensar duas vezes, entrou. No meio da sala em que o chão era como um tabuleiro de xadrez estava um cavalete. Nele, vários desenhos e pinturas indicavam que rumo tomar.
Agora a menina precisava descobrir se ela queria realmente levantar cada folha, e ver o que estava pintado. Será que conseguiria absorver todas as pistas? Ou melhor, será que estava preparada para realmente encontrar o "eu"? A menina resolveu levantar a primeira folha, que estava em branco. A segunda tela era estranha, meio extravagante... Não ao ponto de causar repulsa, apenas um certo estilo de admiração, uma vontade de olhar por horas e horas, analisar minuciosamente cada detalhe. O fundo era rosa, e não havia nenhuma outra paisagem, a não ser aquele rosa, semelhante ao rosa do fim da tarde, que aparece naquele célere momento em que o sol se põe.
No desenho, feito em tinta, três garotas ruivas estavam sentadas em cadeiras de madeira. Atrás das cadeiras outras três pessoas, que não tinham rosto feminino ou masculino, estavam em pé, oferecendo carinhosamente os cuidados a cada uma do trio recostado. E a menina analisava aquela cena. O desenho se mexia. De tempos em tempos era possível ver os braços se movendo, os olhos piscando, além das feições do rosto demonstrando sensações em cada uma das seis pessoas do desenho.
Agora a menina precisava descobrir se ela queria realmente levantar cada folha, e ver o que estava pintado. Será que conseguiria absorver todas as pistas? Ou melhor, será que estava preparada para realmente encontrar o "eu"? A menina resolveu levantar a primeira folha, que estava em branco. A segunda tela era estranha, meio extravagante... Não ao ponto de causar repulsa, apenas um certo estilo de admiração, uma vontade de olhar por horas e horas, analisar minuciosamente cada detalhe. O fundo era rosa, e não havia nenhuma outra paisagem, a não ser aquele rosa, semelhante ao rosa do fim da tarde, que aparece naquele célere momento em que o sol se põe.
No desenho, feito em tinta, três garotas ruivas estavam sentadas em cadeiras de madeira. Atrás das cadeiras outras três pessoas, que não tinham rosto feminino ou masculino, estavam em pé, oferecendo carinhosamente os cuidados a cada uma do trio recostado. E a menina analisava aquela cena. O desenho se mexia. De tempos em tempos era possível ver os braços se movendo, os olhos piscando, além das feições do rosto demonstrando sensações em cada uma das seis pessoas do desenho.