Toda quarta e sexta-feira me acontece uma cena parecida. Saio da aula de piano 18h30, horário em que a fila para sair da Ilha e entrar no Continente está bombando. Minha aula é na Agronômica e eu moro em Coqueiros, então não importa o caminho que escolher - Beira mar, Mauro Ramos, Bocaiúva -, todos estão sempre super abarrotados. Hoje em especial a fila estava pior ainda, porque está chovendo e é nos dias de chuva que aqueles motoristas com pouca prática resolvem tirar os carros da garagem.
E lá estava eu, no meio da confusão, tentando fugir da fila mais lenta e encontrar a mais ágil, quando pensei na minha vontade de ir embora. Foi estranho porque o meu momento de vida é feliz (exceto afetivamente). E todas as vezes que pensei em viajar alguma transição estava acontecendo, e geralmente as transições são um pouco problemáticas, tristes e inseguras para mim.
O primeiro pensamento foi: "Será que em Londres tem congestionamento? - Acho que não..." E a partir daí comecei a me imaginar fazendo uma série de movimentos para que a viagem saísse da intenção e se tornasse realidade, como guardar grana, falar com amigos que estão lá (em Londres), essas coisas.
Nessas minhas vontades de viajar e conhecer o mundo Londres sempre foi o lugar que pensei para ficar. Estranho, pois apesar de ser uma eterna apaixonada pela Itália, não foram poucas as vezes em que pensei em tentar me mudar, pelo menos por algum tempo, para Londres. Mas me pergunto também o que faria lá. Além de me tornar uma pessoa independente (claro, e essa é a questão principal).
Essa história da independência é um sentimento, um pensamento, uma vontade que sempre me vem. Já tenho 28 anos e ainda moro na casa dos meus pais. Olho e converso com pessoas da minha idade - ou menos, ou mais - e muitos deles já têm a sua casa, mesmo que alugada, e não dependem mais dos pais. Quando falo de mim, muitos dizem que é bom morar com os pais, que se pudessem ainda estariam morando.
Mas isso realmente me incomoda. Não que eu não ame meus pais, não é essa a relação. Mas sinto que o tempo passa e eu ainda estou aqui, protegida sob as asas deles. Essa é uma cobrança que tenho comigo há um bom tempo, mas acho tão difícil cortar esse laço.
Talvez Londres seja uma opção, talvez seja arriscada, longe demais, talvez dê certo. Talvez não precise ir para tão longe para não morar mais com meus pais - hum, música do Legião Urbana. Vou parar de escrever, estou confusa.
E lá estava eu, no meio da confusão, tentando fugir da fila mais lenta e encontrar a mais ágil, quando pensei na minha vontade de ir embora. Foi estranho porque o meu momento de vida é feliz (exceto afetivamente). E todas as vezes que pensei em viajar alguma transição estava acontecendo, e geralmente as transições são um pouco problemáticas, tristes e inseguras para mim.
O primeiro pensamento foi: "Será que em Londres tem congestionamento? - Acho que não..." E a partir daí comecei a me imaginar fazendo uma série de movimentos para que a viagem saísse da intenção e se tornasse realidade, como guardar grana, falar com amigos que estão lá (em Londres), essas coisas.
Nessas minhas vontades de viajar e conhecer o mundo Londres sempre foi o lugar que pensei para ficar. Estranho, pois apesar de ser uma eterna apaixonada pela Itália, não foram poucas as vezes em que pensei em tentar me mudar, pelo menos por algum tempo, para Londres. Mas me pergunto também o que faria lá. Além de me tornar uma pessoa independente (claro, e essa é a questão principal).
Essa história da independência é um sentimento, um pensamento, uma vontade que sempre me vem. Já tenho 28 anos e ainda moro na casa dos meus pais. Olho e converso com pessoas da minha idade - ou menos, ou mais - e muitos deles já têm a sua casa, mesmo que alugada, e não dependem mais dos pais. Quando falo de mim, muitos dizem que é bom morar com os pais, que se pudessem ainda estariam morando.
Mas isso realmente me incomoda. Não que eu não ame meus pais, não é essa a relação. Mas sinto que o tempo passa e eu ainda estou aqui, protegida sob as asas deles. Essa é uma cobrança que tenho comigo há um bom tempo, mas acho tão difícil cortar esse laço.
Talvez Londres seja uma opção, talvez seja arriscada, longe demais, talvez dê certo. Talvez não precise ir para tão longe para não morar mais com meus pais - hum, música do Legião Urbana. Vou parar de escrever, estou confusa.
Um comentário:
Receitinha para te deixar mais ansiosa:
1) Guarde uma grana mensal, equivalente a um aluguel mais ou menos. E continue com seus pais.
2) Nas férias, pegue a grana e compre uma passagem. Mochile-se um pouco. Viaje. Pra qualquer lugar onde não se fale português.
3) Pronto, você vai voltar mais feliz e mais confusa!
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