quinta-feira, dezembro 13, 2007

um palavra, mas não qualquer palavra

Tem dias que sinto falta das palavras. Fica um vazio enorme. Procuro nas linhas dos poetas para ver se eles, sempre tão repletos dos vocábulos, podem suprir essa carência. E busco em Clarice, em Vinícius e em Quintana. E Cecília quase me dá o que preciso quando diz que morrerei por idades imensas, até que não terei mais medo de morrer e só então serei eterna. Mas ainda não é isso que procuro. Pois o que eu procuro deve estar condensado em somente uma palavra, porque ficará para sempre na minha pele. Começo a pensar em várias delas, mas elas não brotam do meu cérebro, e sim do meu coração. E vem 'sempre'. Mas não é ele. Aparece também 'leveza' e 'liberdade', mas ainda não são elas as perfeitas para ficarem para sempre gravadas. E a busca deve continuar.

3 comentários:

Mário Coelho disse...

Eu já escolhi as minhas: all things must pass.

Anônimo disse...

Também vivo em busca de palavras. Me senti em casa no seu blog, passa lá no meu:

www.gabriela.apenaspalavras.zip.net

RHK disse...

E Cecília quase me dá o que preciso quando diz que morrerei por idades imensas, até que não terei mais medo de morrer e só então serei eterna.

Li alguns poemas dela essa semana... Li este da eternidade. Muito F.

Linda!